sábado, 23 de junho de 2012

A Neopornochanchada


O cinema brasileiro está perdendo totalmente sua credibilidade, seja em revistas, jornais ou guias, a minoria do público e os críticos, simplesmente, parecem não levar mais em consideração filmes nacionais apelativos e, ao mesmo tempo, vazios.

A busca pelo lucro e pelo ibope ultrapassou uma necessidade antiga, senão clichê, do cinema: adentrar cultura e informação à sociedade e, de fato, entreter o espectador com um humor inteligente. Penso o que um filme como “Cilada.com” ou “E Aí... Comeu?” acrescentará ao espectador; diálogos apelativos, cenas de sexo quase explícitas e enredo malfeito são algumas características desse gênero de filme, cuja maioria de seus comentários após os créditos são: “É... Engraçadinho”.

Tenta-se conquistar o público pelos níveis mais baixos de conteúdo, já que a sociedade brasileira, aparentemente, não gosta de refletir sobre os filmes que vê ou sobre qualquer coisa que faça.

Salvam-se as mais recentes exceções como “Xingu” e “O Palhaço” consideradas, infelizmente, um fracasso de bilheteria. Por Quê? Porque não são comédias que apelam para o sexual, são dramas que exigem reflexão e, como já foi dito, o exercício de “refletir” não é o forte da sociedade brasileira.

Obviamente, filmes do gênero “comédia-apelativa” são necessários, em qualquer lugar do mundo, porém, moldar um cinema nacional em cima de tal gênero não me parece uma ideia muito boa. Fazendo isso, tais produtores e diretores estariam subestimando uma parcela da população que ainda busca cultura e diversão nos filmes que vê.

Um desabafo, tô revoltada com o Mazzeo.
Falou, fantasmas.