sábado, 12 de janeiro de 2013

A grande bolha da individualidade virtual

Leitor Fantasma, vou te perguntar algo agora e espero que pense com seu cérebro inexistente e seja sincero consigo mesmo.

Quantas vezes você estava em uma casa com amigos e pelo menos metade deles estava mexendo em algum smartphone ou computador?

Quantas vezes, em um restaurante, você já não se deparou com um casal que, em vez de conversar, tirava foto da comida para postar no instagram?

Quantas vezes, em uma conversa informal, o assunto de repente se esvai e todos os participantes começam a dar "uma olhadinha" no twitter, facebook e etc pelo celular?

É duro aceitar que situações como essas que apresentei sejam consideradas "normais", ou pior, "dignas" de uma era totalmente informatizada cujo objetivo é se conectar com o número máximo de pessoas possível.
Objetivo um tanto incoerente, visto que, logo ao seu lado, pode estar seu amigo que não puxou assunto com você, mas acabou de curtir sua postagem no facebook.

Que a internet revolucionou o modo de como as pessoas se relacionam, todo mundo já está careca de saber.
Se fizermos uma pseudo-linha do tempo organizando as redes sociais mais famosas, poderemos chegar à uma conclusão interessante.

(Eu escrevi "pseudo" porque não colocarei as datas na linha do tempo... )

Essa tal organização ficaria assim:

ICQ - MSN - ORKUT - TWITTER - FACEBOOK

Os dois primeiros itens desse linha já são considerados extintos
Sim, no dia 15 de Março, os dois nem tão mais queridos bonequinhos do MSN deixarão de existir... Clique aqui para mais detalhes.

O Orkut virou a rede social da periferia. Quando se pensa em orkut, vem à cabeça churrasco na laje, foto no espelho com flash e comunidades toscas como "Odeio quem odeia determinada coisa"
Ou seja, uma rede social em extinção.

O twitter já teve dias melhores, apesar de continuar bem quisto dentre as mais famosas redes sociais.
E agora, a sensação do momento (que em minha humilde opinião, se transformará em "orkut" daqui uns 4 anos): O tão adorado facebook.
É uma certa perda de tempo ficar falando sobre o facebook, porque, hoje em dia, quase todas as pessoas nesse Brasil varonil possuem uma conta nessa rede social.
Porém, permitam-me analisar algumas coisas.

Os dois primeiros itens da minha tentativa de linha do tempo tinham como única e exclusiva função, promover a conversação virtual entre as pessoas. Ou seja, podemos dizer que a bolha da individualidade cresce tanto que agora invade até o mundo virtual.
Antes, as pessoas conversavam por msn e icq, hoje em dia curtem fotos e falam da própria vida e da vida alheia.
Os laços virtuais estão se estreitando, seguindo, portanto, o exemplo dos reais.

Porém, temos o outro gume da faca.
Uma rede social, que não é muito famosa no Brasil, é o Skype, que também tem como função promover a conversação virtual e em vídeo entre as pessoas.
Temos o próprio facebook que promove a interação real através de eventos e conversas que podem ser criados no próprio facebook.
Temos essa galera empreendedora que, além de fazer objetos ecológicos que usamos cotidianamente, usam as redes sociais para melhorar a qualidade de vida da população.

I GOT FAITH ON THE INTERNET
E você?

#fui xingar muito no twitter.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Tentativa de metalinguagem

Nunca consegui escrever um texto cujo tema fosse "nostalgia".
Acabo caindo em clichês e o texto fica, dizendo em um português claro, um saco de jiló.

Portanto, nada mais lógico do que começar o ano com um texto metalinguístico sobre:
A DIFICULDADE DE ESCREVER TEXTOS NOSTÁLGICOS SEM CAIR NA MESMICE.

Tadã

Como toda proto-jornalista, resolvi comprar um caderninho no qual pretendo anotar futuras observações que, daqui a alguns anos, serão dignas de receberem o Prêmio Pulitzer. 
Sonhos à parte, toda vez que a inspiração bate à porta, eu anoto alguma coisa e me parece que é só assim que consigo escrever textos...
Quando eu tento forçar a imaginação, meu texto sobre nostalgia termina sendo um relato meloso e entediante sobre a minha vida no ensino médio...

Frustrante.

Sempre escrevo sobre quão bom foi passar 6 anos em um mesmo colégio, conhecendo todas as pessoas dos mais diferentes jeitos e personalidades, ouvindo esporros e piadas de professores, usando um uniforme "wanna be colégio americano"... Enfim, clichês, clichês e mais clichês (Além disso, já tenho posts nostálgicos no blog...)
Acho que minha imaginação não sabe trabalhar sob pressão e isso é um problema.

Por exemplo, nesse exato momento empaquei no texto. Não sei como continuar a minha linha de raciocínio...
Devo mudá-la? Devo continuar resmungando? Será que faço um diálogo idiota igual a tantos que fiz nesses dois anos de produtodoacaso?

Minha vontade é de apagar todo esse texto, mas vou pensar mais um pouco em como terminá-lo.

Já pensei e cheguei a conclusão que nostalgia é algo muito complicado. Escrever sobre alguma coisa que envolve uma quantidade tão grande de sentimentos é uma prova de fogo... O autocontrole do escritor deve estar em um nível máximo para que o texto fique bom.

E eu estou exercitando isso.
Um dia eu chego lá.
Feliz Ano-Novo, leitores fantasmas fiéis

#fui