Os fantasmas-leitores bem-humorados que gostam de dar risada dos meus posts sem graça, podem não gostar muito do post a seguir, que expressa minha indignação perante a educação da sociedade
Apreciem, ou não.
Não é lei ser educado. Não temos nenhum artigo em nossa Constituição que diga que temos de ser agradáveis com todos. E nem podemos, ora essa. Existem momentos na vida em que nosso corpo, feito de carne, osso e sangue, cede, e acabamos por nos meter em situações um tanto comprometedoras e desagradáveis.
Mas, no fim de tudo, a maioria de nós acaba por exigir das outras pessoas o mínimo de senso e educação, já que, nós, na nossa concepção, exercitamos esses valores todos os dias.
O não-exercício dessas, digamos, virtudes foi o que presenciei essa semana.
O restaurante era bonito, aconchegante e exótico, era recheado com esculturas de papel-machê e livros datados de dois séculos atrás, além de um cardápio cujos nomes dos pratos correspondiam a escritores e cantores brasileiros. Muito interessante.
Percebendo-se que era um restaurante de um nível superior, a cliente que vos fala, tentou se conter ao máximo, não fez gestos muito teatralescos e nem levantou a voz, honrando o clima do restaurante.
Já estava na metade do prato principal quando uma família, ou melhor, caravana, entra e senta-se na maior mesa do restaurante, reservado para em torno de 20 pessoas.
Até aí, nenhum problema, a entrada dessa família não chamou muita atenção.
Porém, eu, querendo apreciar a beleza do restaurante, me viro e dou de cara com um porco de papel-machê no meio do salão.
E agora você me pergunta: Qual é o problema? Devia fazer parte da decoração.
E fazia, mas o lugar do suíno era, na verdade, na porta do restaurante. A usurpadora responsável foi uma menina de 3 anos que, esperneando, quis que o animal a acompanhasse até a mesa e jantasse com ela. E seus pais acharam linda e perfeitamente normal a paixão da filha pelo pobre porco.
- Vai, amor, tira foto com ele!
Vários flashes aconteceram, e, se fosse vivo, aquele porco se sentiria um superstar, rodeado de paparazzi e atenções.
Fiquei indignada com essa situação, mas, como disse anteriormente, a boa educação não possui lei, infelizmente, esta é dada em casa e praticada fora dela. E boa educação NÃO inclui botar o pé na cadeira, ir pra esse tipo de restaurante de chinelo e falar enquanto mastiga, atos que presenciei com aquela família. E o gerente nisso tudo? Não reclamou? Bom, a família estava escolhendo o vinho mais caro da casa e os pratos mais elaborados. E sem educação, ou com educação, a regra que impera é: o cliente tem sempre razão.
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