Acabo caindo em clichês e o texto fica, dizendo em um português claro, um saco de jiló.
Portanto, nada mais lógico do que começar o ano com um texto metalinguístico sobre:
A DIFICULDADE DE ESCREVER TEXTOS NOSTÁLGICOS SEM CAIR NA MESMICE.
Como toda proto-jornalista, resolvi comprar um caderninho no qual pretendo anotar futuras observações que, daqui a alguns anos, serão dignas de receberem o Prêmio Pulitzer.
Sonhos à parte, toda vez que a inspiração bate à porta, eu anoto alguma coisa e me parece que é só assim que consigo escrever textos...
Quando eu tento forçar a imaginação, meu texto sobre nostalgia termina sendo um relato meloso e entediante sobre a minha vida no ensino médio...
Frustrante.
Sempre escrevo sobre quão bom foi passar 6 anos em um mesmo colégio, conhecendo todas as pessoas dos mais diferentes jeitos e personalidades, ouvindo esporros e piadas de professores, usando um uniforme "wanna be colégio americano"... Enfim, clichês, clichês e mais clichês (Além disso, já tenho posts nostálgicos no blog...)
Acho que minha imaginação não sabe trabalhar sob pressão e isso é um problema.
Por exemplo, nesse exato momento empaquei no texto. Não sei como continuar a minha linha de raciocínio...
Devo mudá-la? Devo continuar resmungando? Será que faço um diálogo idiota igual a tantos que fiz nesses dois anos de produtodoacaso?
Minha vontade é de apagar todo esse texto, mas vou pensar mais um pouco em como terminá-lo.
Já pensei e cheguei a conclusão que nostalgia é algo muito complicado. Escrever sobre alguma coisa que envolve uma quantidade tão grande de sentimentos é uma prova de fogo... O autocontrole do escritor deve estar em um nível máximo para que o texto fique bom.
E eu estou exercitando isso.
Um dia eu chego lá.
Feliz Ano-Novo, leitores fantasmas fiéis
#fui
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